sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Diálogos com o cotidiano: ônibus.

Todo dia. Porta arbitrária. Só abre quando quer. Passa do ponto. Não há ponto certo. No Rio de Janeiro é assim. Todo dia. Freadas bruscas em qualquer parada. Sem necessidade. Todos já veem como normal. Na verdade, aceitam. Não agüentam a recusa quando precisam do mal. Brigam feito mulas se não param fora do local. Andar parece sacrifício então. Para janela correm. Uma dádiva ficar sozinho. Levantar não se pensa. Sucumbem ao cansaço diante de um velho pedaço de ser. Humanos são todos. Todos. Que diacho. Eu também.